Nos últimos meses, o mercado automotivo brasileiro tem recebido um aumento significativo nos estoques de veículos chineses. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entre janeiro e agosto deste ano, 72.476 veículos chineses foram vendidos no Brasil. No entanto, ainda restam 81.700 unidades em estoque, o que representa um volume suficiente para nove meses de vendas no ritmo atual.
Esse acúmulo de estoque é um reflexo das estratégias adotadas por fabricantes como BYD e GWM, que anteciparam o envio de veículos ao Brasil para evitar o aumento do imposto de importação. Até abril, o estoque era de cerca de 20 mil unidades, considerado normal para um período de 60 dias. A corrida para evitar o aumento tributário verificado em um influxo de veículos que agora aguardam os compradores.
A expectativa de produção local é uma das soluções propostas para equilibrar o mercado. A BYD, por exemplo, adquiriu uma antiga fábrica da Ford em Camaçari, Bahia, e planeja iniciar a produção em regime SKD no próximo ano. Já a GWM, que comprou uma fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, São Paulo, ainda não iniciou suas operações, apesar das promessas anteriores.
Enquanto isso, a indústria automotiva enfrenta desafios com recalls, especialmente relacionados aos airbags defeituosos produzidos pela Takata. No Brasil, milhões de veículos foram afetados, e a substituição das peças ainda está em andamento. O problema, que já foi verificado em fatalidades, destaca a importância de manter a segurança dos consumidores.
Para os proprietários de veículos, é crucial verificar se seus carros estão incluídos nos recalls. A Secretaria Nacional de Trânsito disponibiliza um portal onde é possível consultar a necessidade de reparos utilizando o número do chassi ou da placa do veículo.
Em meio a esses desafios, a Audi anunciou o retorno do SUV Q7 ao mercado brasileiro. O modelo, que pode ser encomendado a partir de R$ 691.990, traz atualizações como óculos HD Matrix LED e um motor V6 turbo de 3 litros. A novidade chega em um momento em que o mercado de veículos de luxo busca se recupera.
Por fim, o mercado de seguros automotivos no Brasil ainda enfrenta dificuldades. Apenas 30% da frota nacional está segurada, apesar do aumento no financiamento de veículos. Esse dado ressalta a necessidade de conscientização sobre a importância da segurança para proteger os investimentos dos consumidores.