O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim explica que a presença de cláusulas abusivas em contratos de locação é um problema recorrente que pode trazer prejuízos tanto para locadores quanto para locatários. Muitas dessas cláusulas são impostas sem que as partes percebam sua ilegalidade, resultando em obrigações desproporcionais e conflitos futuros. Para evitar armadilhas contratuais, é essencial conhecer os direitos garantidos pela legislação e identificar pontos que podem ser contestados.
Quais cláusulas podem ser consideradas abusivas?
Existem diversas cláusulas que, apesar de presentes em muitos contratos de locação, podem ser questionadas por contrariar o Código Civil e a Lei do Inquilinato. Uma das mais comuns é a que transfere ao inquilino a responsabilidade por reformas estruturais no imóvel, algo que deve ser de obrigação do proprietário. Além disso, há cláusulas que impõem multas excessivas em caso de rescisão antecipada, desconsiderando o equilíbrio contratual previsto na legislação.
O Dr. Christian Zini Amorim indica que outro ponto de atenção são cláusulas que limitam o uso do imóvel sem justificativa razoável, como impedir a permanência de visitantes por determinado período ou exigir o pagamento de taxas indevidas, como seguros compulsórios e honorários advocatícios em caso de atraso no pagamento. Essas exigências podem ser anuladas judicialmente, garantindo mais segurança para os locatários.

Como locadores e locatários podem se proteger?
O primeiro passo para evitar prejuízos é contar com a orientação de um advogado especializado antes de assinar o contrato. O Dr. Christian Zini Amorim destaca que a análise prévia evita problemas futuros e garante que as condições estejam em conformidade com a legislação. Locadores devem se certificar de que as cláusulas refletem um equilíbrio entre as partes, prevenindo litígios que podem resultar em demora na retomada do imóvel ou perda de valores.
Por outro lado, locatários devem estar atentos a todas as condições do contrato, solicitando ajustes sempre que identificarem exigências que ultrapassem os limites da lei. Caso já tenham assinado um contrato com cláusulas abusivas, a recomendação é buscar a revisão por meio de negociação ou, se necessário, recorrer ao judiciário para a anulação das obrigações ilegais.
O que a legislação diz sobre contratos de locação?
A Lei do Inquilinato (Lei 8.245/91) estabelece regras claras para contratos de locação, buscando proteger tanto locadores quanto locatários. Entre os principais pontos, está a determinação de que despesas estruturais são de responsabilidade do proprietário e que multas devem ser proporcionais ao tempo restante do contrato. O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim enfatiza que o desconhecimento dessas regras pode levar a prejuízos evitáveis.
A legislação também protege os inquilinos contra cobranças indevidas, como taxas administrativas que não estejam devidamente acordadas ou repasse de encargos que não são de sua responsabilidade. Caso uma cláusula abusiva seja identificada, é possível contestá-la legalmente, garantindo um contrato mais justo e equilibrado para ambas as partes.
Evitando armadilhas contratuais
O advogado especialista Dr. Christian Zini Amorim conclui que para garantir uma locação segura e sem prejuízos, é fundamental revisar cuidadosamente todas as cláusulas antes de assinar qualquer contrato. Contar com a assessoria de um advogado especializado pode evitar problemas futuros e assegurar que os direitos de locadores e locatários sejam respeitados. O conhecimento da legislação e a busca por acordos justos são as melhores estratégias para um contrato equilibrado e sem surpresas indesejadas.
Autor: Ziezel Kaljar